A projeção da consultoria GFK estima que, em 2019, o faturamento da Black Friday deve crescer 4%. A data ganhou nos últimos anos uma forte aceitação do comércio de rua e shoppings, e em 2019, pela primeira vez, o número de compradores nas lojas físicas deverá se igualar ao comércio eletrônico.
Para você que vende em marketplaces, esse será um ano de competir com o varejo de rua na hora de bater recordes de faturamento na Black Friday. Diante disso, o que fazer? Calma, a gente te ajuda!
1 – Dê tempo ao consumidor
Uma pesquisa do Google mostra que 76% dos consumidores entendem que o período de promoções não dura só entre a noite de quinta-feira e a sexta-feira da última semana de novembro.
“A grande maioria dos consumidores entende que, no Brasil, a Black Friday é a semana, de segunda a segunda”, afirma Diego Venturelli, gerente de insights para o Varejo do Google Brasil.
Quem trabalha com vendas está acostumado a usar a estratégia da urgência, e claro que ela funciona bem em vários contextos, mas nessa Black Friday a história é diferente. O consumidor está atento ao próprio bolso, está pensando mais, e por isso gosta de ter alguns dias a mais para pensar antes de finalizar a compra.
Essa também é uma grande vantagem do e-commerce e marketplaces em relação ao varejo de rua. É muito mais cômodo escolher em casa, com calma, do que sair na pressão de comprar tudo o que precisa sem deixar de pesquisar entre as lojas da cidade.
Por isso, aproveite as estratégias dos marketplaces que estendem o período de promoções. Alguns vão da quinta até a segunda, outros anunciam a Black Friday por uma semana inteira!
2 – Permita a retirada na loja
De acordo com a pesquisa, além do crescimento de interesse por comprar em lojas físicas, uma outra questão que explica as intenções do consumidor é o aumento do interesse pela opção de comprar na internet e retirar na loja.
Segundo o Google, 39% dos brasileiros consideram que a opção “retirar na loja” é muito importante na hora de decidir a loja na Black Friday, e 24% esperam usar essa forma de entrega para as compras feitas pela internet.
O motivo? Economia de frete. Com a reviravolta dos Correios neste ano, o consumidor que já é receoso com frete está cada vez mais inclinado a sair de casa e buscar o produto na loja assim que puder.
Os marketplaces sabem disso, e estão acelerando a expansão dessa opção. Estude essa possibilidade para as suas vendas na Black Friday!
3 – Escolha anunciar produtos que vão girar o estoque
Ainda na pesquisa feita pelo Google, as categorias mais esperadas pelos consumidores em 2019 foram mapeadas.
Entre os produtos com maior intenção de compra entre os que pretendem participar da Black Friday, estão:
- Celulares (48%)
- Computadores (38%)
- Eletrodomésticos (36%)
- Roupas (34%)
- Calçados esportivos (32%)
- Perfumes (33%)
Além das queridinhas, o Google observou um interesse maior em categorias um tanto… inesperadas. O consumidor está cada vez mais considerando a compra de consultas médicas, esfihas, gasolina, passagens e até imóveis na Black Friday. Tem espaço para todo mundo!
O mais importante é que você se lembre de não queimar seus produtos principais, seu carro-chefe. Anuncie o que está travando seu estoque!
Conclusão
Essa será uma Black Friday bem diferente dos últimos anos. O consumidor está cada vez mais entendendo o varejo físico e o e-commerce como uma coisa só, algo realmente misto em que ele pode aproveitar as vantagens de ambos.
A mente aberta não fica só nessa questão de “onde” comprar, mas também sobre “o que” comprar. Foi-se o tempo em que Black Friday era simbolizada por uma muvuca de pessoas em shoppings com televisões sobre os ombros. Hoje, cada um acompanha os preços pelos celulares e desktops, esperando aquela promoção para um novo smartphone, um novo tênis de corrida e, quem sabe, um lanchinho barato para mais tarde.
E você? Já está se adaptando aos novos hábitos de compra?