O mundo do e-commerce é repleto de ramificações, uma das principais a separação de plataformas de sites próprios e marketplaces. Dentro dessa separação, ainda podemos encontrar diferentes tipos de marketplace, que refletem a evolução do comércio digital.
Conhecer cada modelo é essencial para definir a melhor estratégia de vendas, alcançar mais clientes e expandir a operação com segurança.
Este artigo apresenta uma visão completa sobre os principais formatos e suas aplicações práticas, além de dicas especiais para sellers encontrarem o marketplace ideal para vender. Boa leitura!
Um marketplace pode ser classificado por diferentes critérios: segmento de atuação, público-alvo, relação comercial, tipo de oferta ou até pelo modelo operacional.
Vale lembrar que isso não limitante, a maioria dos canais se encaixa em mais de uma categoria. Por exemplo, a Amazon é ao mesmo tempo generalista, B2C e híbrida (vende produtos próprios e de terceiros).
Portanto, ao analisar um marketplace, considere que ele pode acumular múltiplas características. Essa visão flexível ajuda a evitar confusões e amplia o leque de oportunidades para sellers.
Veja, a seguir, algumas categorias de tipos de marketplace:
São plataformas de marketplaces focadas em segmentos específicos, com forte especialização. O objetivo é atrair um público segmentado e oferecer profundidade de catálogo.
Vantagens: alta relevância para o público, maior conversão devido à especialização, possibilidade de diferenciação de marca.
Desvantagens: alcance limitado e dependência de um nicho específico, que pode ter sazonalidade.
Estratégias: sellers devem apostar em conteúdo detalhado, descrições ricas e relacionamento próximo com clientes, reforçando autoridade no segmento.
Leia também: “Como aproveitar os benefícios do marketplace de nicho?”
Esses marketplaces reúnem diversas categorias de produtos em um só lugar e, por isso, estão entre os maiores em volume de vendas do mercado digital. Com alcance massivo, funcionam como verdadeiros shoppings virtuais, atraindo consumidores pela conveniência de encontrar tudo em uma única plataforma.
Vantagens: grande audiência, forte visibilidade e variedade de campanhas de marketing.
Desvantagens: alta concorrência, disputa de preços e comissões que podem impactar a margem.
Estratégias: investir em precificação dinâmica, anúncios otimizados e diferenciação por atendimento ou logística, aproveitando recursos como fulfillment e frete competitivo.
É um dos tipos de marketplace mais conhecidos. Nele, empresas oferecem seus produtos diretamente ao consumidor final, criando uma experiência de compra prática e acessível. É uma excelente opção para quem busca escalar operações e conquistar novos clientes em grande volume.
Vantagens: enorme base de clientes e potencial de crescimento rápido.
Desvantagens: custos elevados de comissão, necessidade de SLA rigoroso e alta competitividade.
Estratégias: sellers devem investir em reputação, logística eficiente e gestão de estoque automatizada para manter bons indicadores.
Diferente do modelo voltado ao consumidor final, o a platafroma de marketplace B2B é pensado para transações entre empresas. Nele, as vendas costumam ocorrer em grandes volumes e com condições especiais de atacado, permitindo negociações mais complexas e personalizadas.
Esse formato é indicado para quem deseja construir relacionamentos de longo prazo com compradores corporativos e precisa de flexibilidade para trabalhar com preços por quantidade ou contratos recorrentes.
Vantagens: tickets médios maiores, vendas recorrentes e relacionamento mais estável com clientes.
Desvantagens: ciclo de vendas mais longo, necessidade de compliance e atendimento especializado.
Estratégias: oferecer condições flexíveis, descontos progressivos e integração com ERPs para controlar preços e volumes de forma escalável.
Entre os tipos de marketplace, o modelo C2C ou P2P se destaca por conectar diretamente consumidores a outros consumidores. Geralmente, o foco está na venda de produtos usados ou de segunda mão, mas também pode incluir serviços informais. Essa dinâmica favorece quem busca praticidade e preços mais acessíveis, criando um ambiente colaborativo de compra e venda.
Vantagens: baixo custo de entrada, alcance rápido para quem quer vender sem grandes estruturas.
Desvantagens: menor controle de qualidade, riscos de fraude e ausência de suporte logístico.
Estratégias: sellers profissionais que atuam nesses canais devem reforçar credibilidade com avaliações positivas e entrega confiável, mesmo em ambientes menos estruturados.
Dentro dos diferentes tipos de marketplace, este é o mais tradicional: concentra a venda de bens tangíveis, como moda, eletrônicos, móveis, eletrodomésticos e muito mais.
Por reunir categorias variadas de itens concretos, atrai consumidores em busca de praticidade e confiança na hora de comprar. Para os sellers, é um espaço de alta visibilidade, mas que exige atenção à logística e ao controle de estoque para garantir uma operação eficiente.
Vantagens: alto volume de vendas e público diversificado.
Desvantagens: custos logísticos elevados e necessidade de atualização constante de estoque.
Estratégias: integrar sistemas para controle de estoque em tempo real, utilizar fulfillment quando disponível e aplicar precificação automática.
Esse é um dos tipos de plataforma de marketplace que não lidam com produtos físicos, mas sim com a oferta de serviços. A plataforma atua como ponte entre profissionais e clientes que buscam soluções variadas, de reformas a projetos digitais.
Todo o processo acontece de forma integrada: desde a contratação até o pagamento e a avaliação, o que dá mais segurança para ambas as partes e cria um ambiente de confiança para novas contratações.
Vantagens: permitem monetizar conhecimento e habilidades sem precisar de estoque.
Desvantagens: alta competição por preço e necessidade de avaliações positivas para ganhar destaque.
Estratégias: investir em portfólio atrativo, rapidez de resposta e reputação, além de criar diferenciais de especialização.
Esse modelo tem se destacado com o avanço da economia compartilhada. Ele facilita o aluguel de bens como carros, imóveis ou até objetos específicos, conectando quem tem um recurso disponível a quem precisa utilizá-lo por um período limitado.
Além de oferecer praticidade para o consumidor, também cria novas oportunidades de receita para quem deseja monetizar ativos já existentes, sem a necessidade de venda definitiva.
Vantagens: aproveitam ativos existentes, ampliam receita e se beneficiam da tendência de consumo colaborativo.
Desvantagens: riscos de inadimplência ou danos ao bem e necessidade de seguro adequado.
Estratégias: sellers devem definir regras claras de uso, investir em reputação e utilizar sistemas de gestão para controlar disponibilidade e reservas.
Nesse modelo, a principal proposta é dar visibilidade aos produtos ou serviços anunciados. A plataforma funciona como uma vitrine digital, mas não se envolve diretamente na intermediação de pagamento ou na logística de entrega.
Isso significa que toda a negociação acontece fora do ambiente do marketplace, o que oferece maior flexibilidade, mas também exige do vendedor organização e atenção redobrada para garantir segurança e confiança nas transações.
Vantagens: custo reduzido para anunciar e flexibilidade de negociação.
Desvantagens: falta de padronização de pagamentos e riscos de fraudes.
Estratégias: reforçar a comunicação transparente, utilizar fotos de qualidade e manter contato ágil para aumentar as chances de conversão.
Esses marketplaces funcionam como extensão de programas de fidelidade. Os clientes acumulam pontos em compras ou serviços e depois utilizam esse saldo para trocar por produtos ou experiências.
Para as empresas, é uma oportunidade de conquistar consumidores engajados e estimular recorrência. Para os clientes, representa conveniência e benefícios adicionais sem desembolso direto. Esse formato se consolidou como um dos tipos de marketplace que mais reforçam a lealdade do consumidor.
Vantagens: acesso a consumidores engajados em programas de fidelidade e maior taxa de conversão.
Desvantagens: margens menores, já que o cliente não compra diretamente em dinheiro.
Estratégias: sellers devem criar ofertas atrativas em pontos estratégicos e alinhar campanhas com datas comemorativas para potencializar resgates.
Nesse modelo, o marketplace combina duas frentes: a venda de produtos próprios (1P) e a oferta de itens de terceiros (3P). Essa mescla é bastante comum em grandes players generalistas, que conseguem ampliar o sortimento e, ao mesmo tempo, reforçar a presença de sua marca.
Para o seller, representa tanto uma oportunidade de alcançar um público massivo quanto um desafio de competir diretamente com o próprio marketplace.
Vantagens: ampliam variedade de catálogo e fortalecem a marca do próprio marketplace.
Desvantagens: concorrência direta entre seller e marketplace, exigindo diferenciação para não perder espaço.
Estratégias: sellers devem buscar nichos dentro do canal, investir em campanhas patrocinadas e manter competitividade de preço.
O social commerce é um modelo que mistura redes sociais com experiência de compra, transformando a interação digital em um verdadeiro canal de vendas. Nesse formato, os consumidores podem descobrir produtos em posts, lives ou vídeos curtos e finalizar a compra dentro da própria plataforma, sem precisar migrar para outro site.
Vantagens: alto engajamento e potencial de viralização de produtos.
Desvantagens: dependência de algoritmos e risco maior de cancelamentos por compras impulsivas.
Estratégias: apostar em influenciadores, criar conteúdos autênticos e usar promoções rápidas (como cupons em lives) para estimular conversões.
Esse modelo é direcionado para compras públicas e negociações com órgãos governamentais, um setor que ganhou força com a digitalização de processos e licitações.
Ele abre espaço para que empresas forneçam diretamente ao setor público, em transações que costumam envolver grandes volumes e regras específicas de compliance. Apesar da burocracia, pode ser uma oportunidade estratégica para quem busca contratos de longo prazo e previsibilidade de demanda. Trata-se de um dos tipos de marketplace que exigem maior preparo e organização por parte do seller.
Vantagens: grandes volumes de compras e estabilidade de demanda.
Desvantagens: burocracia elevada, exigências legais e prazos longos de pagamento.
Estratégias: sellers precisam se preparar para cumprir requisitos de homologação, manter organização fiscal e garantir compliance rigoroso.
Criados por instituições financeiras para oferecer produtos e benefícios aos seus correntistas. Aproveitam a base já consolidada de clientes.
Vantagens: acesso a uma base cativa de milhões de clientes e possibilidade de campanhas integradas com benefícios como cashback.
Desvantagens: modelo ainda em expansão, com regras específicas e menos flexibilidade.
Estratégias: sellers devem aproveitar a segmentação de público, alinhar promoções a campanhas de bancos e oferecer produtos de maior confiança para criar recorrência.
Veja uma tabela com o resumo dos tipos de marketplace apresentados:
Tipo | Categoria | Exemplos | Características principais |
B2C | Relação comercial | Magalu, Shopee, Amazon | Empresas vendem ao consumidor final |
B2B | Relação comercial | Mercado Livre Empresas, Grupo Martins | Vendas em atacado, foco em empresas |
C2C / P2P | Relação comercial | OLX, Enjoei, Facebook Marketplace | Troca ou venda entre consumidores |
Serviços | Oferta | GetNinjas, Workana, 99Freelas | Conexão de prestadores e clientes |
Aluguel | Oferta | Airbnb, Zazcar, Rentcars | Foco em aluguel de bens e imóveis |
Anúncios/Classificados | Oferta | OLX, Webmotors, Zap Imóveis | Exposição sem intermediação |
Pontos | Oferta | Livelo, ShopHub | Troca de pontos de fidelidade por produtos/serviços |
Produtos físicos | Oferta | Amazon, Magalu, Casas Bahia | Venda de bens tangíveis |
Nicho | Especialização | PetLove, MadeiraMadeira, Netshoes | Segmento específico e público segmentado |
Generalista | Especialização | Amazon, Shopee, Mercado Livre | Diversas categorias e alcance amplo |
Social commerce | Entretenimento | TikTok Shop, Shopee | Venda com entretenimento. |
Banco/Financeiro | Operador | Shopping BB, Inter Shop, Caixa Tem | Ofertas voltadas a correntistas |
Público/Governamental | Operador | ComprasNet, BEC/SP | Voltado a compras públicas e órgãos governamentais |
Híbrido (1P + 3P) | Modelo | Amazon, Magalu | Mistura de produtos próprios e de terceiros |
Quer ver mais detalhes sobre os marketplaces? Acesse o Guia do Marketplace do ANYMARKET e entenda as nuances de cada canal.
Escolher o marketplace ideal depende de fatores como público-alvo, ticket médio, tipo de produto ou serviço, capacidade logística e estratégia de marca. Sellers que vendem itens de nicho, por exemplo, podem ter mais sucesso em marketplaces especializados, enquanto empresas que buscam escala podem priorizar marketplaces generalistas de grande audiência.
Outro ponto importante é avaliar custos, concorrência e requisitos de cada canal. É preciso entender se as taxas e comissões cabem na margem, se há suporte logístico (como fulfillment) e qual o nível de exigência em atendimento e reputação. Uma boa prática é começar em um modelo principal, testar resultados e, aos poucos, diversificar para reduzir riscos e ampliar a presença digital.
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