Acesse o texto publicado originalmente no E-commerce Brasil.
Quem é do mundo do e-commerce sabe que não se fala em outra coisa que não seja vender nos marketplaces. Eles são canais de altíssima audiência e trazem muita exposição dos seus produtos para um número realmente alto de pessoas em todo o país.
Ainda não atingimos nem 50% da população brasileira comprando ativamente pela internet, mas os números de audiência desses canais, marketplaces como são chamados, são gigantescos, totalizando milhões de visualizações ao mês, isso mesmo, eu disse ao mês.
É fácil perceber que esse modelo veio para ficar e tem dado condições para que pequenas empresas aumentem brutalmente suas vendas em pouco espaço de tempo, uma vez que mesmo que investissem pesado em marketing digital não conseguiriam números nem perto dos níveis atingidos pelos canais mais fracos, por assim dizer.
Porém, é sempre importante lembrar que todo esse volume de vendas irá gerar vários pontos de pressão dentro das empresas que utilizam marketplaces como estratégia de crescimento. Isso porque, com o aumento de vendas, toda a cadeia interna será pressionada ao máximo e é de suma importância ter um plano para lidar com esse cenário.
O plano deve ser simples, direto e, dentre outras coisas, precisa identificar quais são as melhores ferramentas tecnológicas para operar com altos volumes de venda sem aumentar os custos ou mesmo criar gargalos intransponíveis.
Sem sombra de dúvidas, um aliado poderoso para operar com eficiência nos marketplaces, com agilidade e redução de custos além de baixa incidência de erros é o uso de um Marketplace Hub ,ou, como também é conhecido, Integrador de Marketplaces.
Atualmente existem várias opções no mercado e continuam aparecendo mais. Essa ferramenta tem a missão de garantir que seu estoque esteja sempre atualizado, independentemente em que canal você tenha vendido.
Agilidade e estabilidade são itens muito críticos neste sentido, já que de nada adiantará ter seus produtos expostos nas “prateleiras” dos melhores marketplaces do país como Casas Bahia, Lojas Americanas, Mercado Livre, Walmart, se não houver estoque disponível, na quantidade certa, pelo preço certo, com o anúncio certo e por aí vai.
Mas como escolher o melhor integrador do mercado?
Separei alguns pontos que você deve se ater ao fazer essa escolha. São eles:
- Estabilidade: o integrador deve ter foco na estabilidade, uma boa reputação neste quesito. Esse ponto geralmente é a linha de corte que separa os aventureiros das empresas mais focadas e sérias;
- Neutralidade comercial: recomendamos que procure conhecer mais sobre o fornecedor do integrador e o quanto ele é neutro comercialmente, ou seja, se possui vínculos com outras empresas (marketplaces) que atuam como concorrentes de seu negócio. Para algumas categorias de produtos isso pode ser fatal;
- Arquitetura assíncrona: deve atuar de maneira independente entre processos e em tempo real. Mesmo grandes ferramentas de mercado, que falam que atuam em tempo real, ainda trabalham por ciclos e isso faz com que você fique descoberto até o ciclo ocorrer a cada 15 minutos ou até mesmo 1 hora. Nos casos em que os níveis de estoques são “rasos”, isso acarreta sérios problemas;
- Estrutura para altos volumes: além de atuar por demanda ou assíncrona, deve ter preparação para lidar com grandes volumes – e aqui quero dizer realmente grande, deve ser capaz de lidar com filas de pedidos, números de SKU´s altos e atualizações de estoques sem travar;
- Orientação a serviço: a empresa que fornece o Integrador deve ter uma cultura organizacional e empresarial voltada a serviço e excelência. Busque empresas que possuam algum selo de qualidade internacional que referencie e ateste seus processos e procedimentos internos;
- Multi-canal de atendimento: é importante pensar que não ligamos para nosso fornecedor quando as coisas estão bem, na verdade, nem lembramos que eles existem. Somente quando estamos passando por alguma instabilidade ou problema que recorremos a ele, por isso precisamos ter acesso rápido ao fornecedor e este deve oferecer mais de um meio para esse atendimento;
- Estrutura empresarial: não estou dizendo que uma empresa pequena com apenas 20 funcionários não seja capaz de realizar um trabalho de qualidade, mas é mais seguro para sua empresa que seu fornecedor tenha departamentos mais robustos, que possuam funções definidas para lhe dar o suporte adequado ao seu crescimento;
- Não escolher apenas por preço: esse é um ponto crítico, pois muitas empresas escolhem seus fornecedores pura e simplesmente pelo preço de seus serviços, não levando em consideração a relação custo-benefício que este oferece. Não estou sugerindo contratar o mais caro, por erroneamente pressupor que seja o melhor, nem tampouco radicalizar e contratar o mais barato, mas procure conhecer o número de clientes, quais são os serviços e funcionalidades inclusas e peça referências sobre este fornecedor;
- Fidelidade contratual: busque um fornecedor que não apresente cláusulas de fidelidade contratual que obrigue sua permanência. Lembre-se que sua empresa deve gostar do fornecedor e desejar continuar a parceria e não ser obrigada a ficar por causa de uma multa ou coisa do tipo;
- Funcionalidades: procure conhecer quais são as funcionalidades que a ferramenta apresenta. Uma boa forma de fazer isso é pedindo uma demonstração, vale lembrar que as funcionalidades devem servir para auxiliar você a impulsionar suas vendas;
- Capacidade de Evolução: o mercado de e-commerce é muito competitivo, busque conhecer como seu futuro integrador planeja e trabalha a evolução do serviço ou ferramenta;
- Desconfie se houver muitas promessas durante a apresentação: todos já passamos por uma compra onde o vendedor enrolou e prometeu mais do que sabia que entregaria. Por se tratarem de serviços tecnológicos que dependem de milhares de elementos, muitas vezes externos ao fornecedor, problemas podem ocorrer. Mesmo a ferramenta mais estável do mercado poderá ficar “fora do ar”, desconfie se o vendedor estiver garantindo 100% de disponibilidade ou mencionar coisas do tipo: “Nossa ferramenta nunca fica indisponível”, isso simplesmente não existe. O que existe são ferramentas e empresas que têm menor índice de incidência de problemas e métodos mais eficazes para contorna-los quando os mesmos ocorrem, pois em algum momento eles ocorrerão.
Bons negócios e ótimas vendas!