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D2C – Disrupção do modelo tradicional de vendas

24 de junho de 2019 - Atualizado em: 29 de novembro de 2024
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Nos últimos anos, principalmente no Brasil, podemos observar grandes transformações nos modelos de vendas e consumo. 

 Houve um período em que as lojas de Shopping eram os melhores pontos de vendas do lojista. Tivemos também um momento onde se confundia o sucesso do E-commerce e o fim do ponto físico. 

 Hoje vivemos na era digital, onde o Omnichannel é a grande sacada para a grandes empresas do varejo. 

Em meio a todas essas transformações e inovações, surgiram novas oportunidades para as grandes marcas no mercado, que geralmente são representadas por grandes lojas do varejo. 

 É o modelo D2C (Direct to Consumer), nada mais é que, as indústrias fornecendo diretamente aos consumidores finais, sem a interferência do varejo. 

Exemplos de empresas que hoje trabalham nesse modelo: 

  •  Nike 
  •  Samsung 
  •  Apple 
  •  Oakley 
  •  Etc… 

 A Nike por exemplo, espera que esse canal de vendas, até 2020, represente um faturamento de: US$ 16 bilhões. 

Relevância para seu produto e consumidor 

Pesquisa conduzida pela Bringg (Bringg Delivery Technologies) plataforma logística que atende grandes indústrias, relata que 87% das indústrias apontam que o D2C é altamente relevante tanto para o produto quanto para os consumidores. 

 Além disso, quase metade deles (47%) está utilizando esse canal para aumentar seus lucros. 

Mas não é só a margem de lucro a vantagem do modelo D2C, vou mostrar algumas que também podem ser exploradas pela indústria que deseja atender diretamente o consumidor. 

  • Redução de custos 

 Em uma venda direta, sem intermediários, há uma redução de custos indiretos e diretos, os quais impactam diretamente no preço de venda dos produtos para o consumidor, além disso, em alguns modelos de comercialização, não ter um intermediador pode resultar em redução da carga tributária quando feita, por exemplo, uma transferência interestadual

      Além do melhor preço final e maior margem de lucro, aqui fica claro o benefício que o consumidor final deve ter com essa redução de carga tributária e custos indiretos com uma operação varejista. 

  • Fidelidade à marca 

 No modelo D2C, quando a marca tem seu próprio e-commerce, o consumidor está ligado diretamente a marca, e não a um intermediador, ou seja, ele será fiel a marca do produto e não a marca da loja oferecem o produto. 

       Outro ponto importante é, quando o fabricante resolve utilizar meios de vendas como os marketplaces, ele poderá trabalhar muito melhor o seu consumidor final, adotando diversas estratégias inteligentes afim de fidelizar esse cliente à sua marca. 

  • Atendimento personalizado ao consumidor 

  Hoje, falar de atendimento é exigir eficiência e esperar mais do que o básico. Atendimento ao consumidor pode ser o diferencial a sua marca, assim, os fabricantes podem trabalhar um atendimento totalmente personalizado, tendo muito mais informações tanto do cliente quando do seu produto, e assim oferecer algo diferenciado do modelo de atendimento tradicional, que muitas vezes é engessado, e tem uma terceirização, onde os atendentes não conhecem o produto, mas são treinados para seguir apenas processos.  

  • Produtos exclusivos 

   Para as empresas que atuam no modelo D2C, exclusividade pode ser o melhor gatilho para uma estratégia comercial de sucesso. 

 Existe a possibilidade de trabalhar produtos exclusivos no seu próprio e-commerce, produtos que os varejistas não vão oferecer, levando uma experiência exclusiva para a sua marca. 

Outro ponto é a exclusividade ao varejista, onde a própria marca não concorre com as vendas e ainda oferece exclusividade para as grandes vitrines do varejo. 

D2C – Uma nova maneira de vender 

Poderíamos falar também dos desafios desse modelo. Algo que qualquer negócio tem, porém, esse assunto ficará para um próximo artigo. 

O objetivo principal aqui é falarmos abertamente sobre o D2C, que ainda sofre algum tipo de preconceito por parte de lojistas e representantes, mas que acredito ser apenas um movimento temporário, onde as grandes indústrias e os grandes varejistas encontrarão formas disruptivas de trabalharem juntos. 

Assim como as lojas online e as lojas físicas, não terão um fim. 

 O consumo direto da indústria não eliminará ou concorrerá diretamente com o consumo do varejo. 

Na ponta de todas essas operações, o grande beneficiado por esses novos modelos de negócios e transformações é o consumidor, que terá sempre diversas opções de compra e com isso, os melhores preços ou condições para suprir suas necessidades e atender seus desejos. 

 


Sobre o autor

Leandro Ratz é responsável pelo sucesso dos clientes no ANYMARKET.

Leandro tem experiência com varejo, e-commerce e marketplace, com atuação direta em grandes lojistas e como consultor de marketplace para grandes marcas.

Atualmente está no ANYMARKET, responsável pelas contas estratégicas na plataforma.

Formado em Gestão Comercial pela UNIFAJ – Faculdade de Jaguariúna, no interior de São Paulo, com especialização em Omni Channel para o Varejo pela VTEX – The True Cloud Commerce Platform.

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